Páginas

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

James Thorp, o milionário

O rubro-negro Leopoldo Casado, ex-presidente da Federação, tentou, inutilmente atraí-lo para o SPORT. Não conseguiu. Verdadeiro desportista que era, levou-o a ser sócio de seu clube preferido, o Santa Cruz. Costumava ir ao velho Alçapão do Arruda, numa bicicleta enfeitada com fita nas cores, preta, vermelha e branca ou com uma flâmula do Santa. 

Aristófanes Andrade terminou descobrindo o recifense milionário , filho de ingleses, James Mark Sutton Thorp, levando-o a integrar o staff coral. Três anos depois de sua chegada ao clube, o Diario de Pernambuco publicava uma matéria em que dizia: "Ele apareceu no Arruda numa manhã cinzenta, Trazia em sua companhia o goleiro Aluísio Linhares e por isso muitos torcedores pensavam tratar-se de algum alvirrubro. Bem vestido, com um carrão do ano, fumando um charuto e bem galego, aquele homem jamais poderia ser um simples torcedor do Santa Cruz. Sua figura exótica, pelo menos para os pobres torcedores corais que comparecem aos treinos diariamente, foi alvo de curiosidade. "Quem é esse galego do carro bonito ?" "Sei lá. É bem um estrangeiro". Esse diálogo era normal entre os tricolores, Gradim comandava os treinamentos. Passarem-se os dias. Chegava Zé Júlio para o Santa Cruz. Certas e determinadas contratações, antes impossíveis, depois difíceis, tornavam-se realidade. "Esse Negib (Correia Lima) é um danado. Diz que vai buscar um jogador e traz mesmo", comentou um torcedor.

Mas aquela figura diferente, sempre com um charuto e com os mais variados automóveis, passou a frequentar as vestiárias do Santa Cruz. Certos dirigentes acharam que aquilo era ruim. Não era aconselhável falar daquele homem. Nascia uma nova era para o Santa Cruz. Surgia um homem que iria ter a idolatria do povo. "Dinheiro era o que não faltava ao Santa Cruz, na época de James Thorp, que jogou uma verdadeira fortuna no tricolor, o que possibilitou a conquista do Penta. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário