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sábado, 14 de janeiro de 2012

Luciano Veloso, a maravilha do Arruda !


Luciano Jorge Veloso

13/09/1948, Pesqueira (PE)

Posição: Meio-campista

Clubes: CRB (1965), Santa Cruz (1965-75), Sport (1975-76), Corinthians (1977-78), Juventus (1979-1980), Portuguesa (1980-1981), Náutico (1980-82) e Central (1982).

Títulos: Pentacampeão Pernambucano (1969-70-71-72-73), Pernambucano (1975) e Paulista (1977).

Marcas: Artilheiro do Campeonato Pernambuco de 73, com 25 gols. Segundo maior artilheiro do Santa Cruz com 174 gols, em 409 jogos. Quarto maior artilheiro da história dos pernambucanos, marcando 110 vezes, 83 pelo Tricolor, atrás somente de Baiano, Tará e Fernando Carvalheira.

Características: Preciso nos passes e lançamentos, mas encantava também com os chutes certeiros. Armador clássico que cadenciava bem o jogo.


Estréia pelo Santa:
16/10/1966 - Amistoso

Santa Cruz 4x0 Vera Cruz/Abreu e Lima

Curiosidades:
#Luciano recebeu de presente um curió, pássaro de valor na época, de um torcedor, pelo gol do título no campeonato de 69. Os demais jogadores pediram ao meia que deixasse o animal na concentração do clube, mas ele não se sensibilizou com o apelo: "Não! de jeito nenhum. Vou levá-lo para casa."
#No período em que defendia os juvenis do Santa Cruz, os colegas o chamavam de Dodô. No time, já existia outro Dodô, goleiro. Veio, então, um diretor e decretou que a partir daquele dia o Dodô, de Maceió, seria Luciano e o goleiro passaria a ser Gaião. O nome sugestivo acabou virando motivo de risadas e o arqueiro passou a atender pelo nome de batismo mesmo, Naércio.

                              Cena recorrente em 73: comemorando, mesmo que discreto, seus gols.



Peça fundamental no título mais importante do Santa Cruz, camisa 10 por vários anos, principal assistente da época e, ainda, fazia muitos gols. Na saga do Penta (69 a 73), Luciano balançou as redes 69 vezes, tornando-se, ao lado de Fernando Santana, o grande goleador desse período. Ainda foi o jogador que mais vestiu a camisa coral no Pentacampeonato, com 126 jogos, do total de 131 do Tricolor, o que representa incríveis 96% das partidas. Especialista também em quebrar longo jejuns de títulos: com o Santa, em 69, dez anos depois da última conquista estadual, no Sport, em 75, doze anos na fila e pelo Corinthians, em 77, na seca há 22 temporadas.

A eficiência do Maravilha do Arruda chamou a atenção também nas competições nacionais. No Brasileiro-73, ele terminou na décima colocação na Bola de Prata, da Revista Placar, atrás de feras como Forlan, do São Paulo, Ademir da Guia, do Palmeiras, e Fito, do Bahia e atual técnico do Santa Cruz. Jogando os Brasileirões, de 71 a 74, pelo Mais Querido, Luciano marcou 34 gols em 96 jogos.

No início de 75, já desgastado após dez anos no Arruda, o, então, presidente José Nivaldo, resolveu negociá-lo. A transação com o Sport aconteceu justamente durante o carnaval, a fim de evitar uma revolta da torcida, concentrada na festa anual. O Santa recebeu 600 mil cruzeiros, gastos logo depois com as contratações de Mazinho, o Deus de Ébano, vindo do Grêmio, e Carlos Alberto, ex-São Paulo. Luciano segueria sua missão de tirar da fila alguns clubes importantes no cenário brasileiro. Primeiro, o grande rival tricolor, o Sport, doze anos em jejum, sendo hepta-vice. Em São Paulo, participou de 49 jogos, dos 54, pelo Corinthians no Paulistão de 77, um dos mais emblemáticos da história.

O camisa 10 do Santa Cruz teve muitos treinadores no Arruda - Alfredo Gonzalez, Duque, Evaristo de Macedo, Paulo Emílio, Caiçara, Lanzoninho e, por último, Carlos Froner -, mas nenhum deles ousou a mudar o número de sua jaqueta. Segundo maior artiheiro do Santa Cruz Futebol Clube. É um orgulho para o clube e a torcida ter em Luciano um dos jogadores que mais vestiram o manto Cobra-Coral, com 409 atuações.


"Um dos melhores jogadores da história de Pernambuco. "


Não chegou a jogar pela Seleção, mas esteve entre os 40 relacionados para a Copa de 70, no México.



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