Páginas

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O Tricolor do Arruda não conquista dois títulos seguidos desde 1987.

Birigüí; Orlando, Ragner (Luís Oliveira), Ivan e Lotti; Zé do Carmo, Ataíde e Sérgio China; Edson, Dadinho e Gílson Gênio (Rinaldo). O torcedor tricolor que lembra desse time certamente sente muita saudade. E com razão, foram esses os 13 jogadores que, no dia 16 de agosto de 1987, defenderam o Santa Cruz na final do Campeonato Pernambucano daquele ano, contra o Sport, em plena Ilha do Retiro.
       O jogo terminou empatado em 1x1, resultado que bastava para o Tricolor conquistar o Bicampeonato Estadual, o último da história do clube. 
        O Bicampeonato de 1986/87 foi o terceiro da história do clube. Antes disso, a Cobra Coral ganhou dois títulos consecutivos nos anos de 1946/47 e 1978/79. Depois da conquista de 1987, o Santa Cruz foi campeão apenas quatro vezes: em 1990, 1993, 1995 e 2005. Só que nos anos posteriores, ou seja, em 1991, 1994, 1996 e 2006, o clube perdeu a oportunidade de tentar uma seqüência de títulos - o Sport ganhou os quatro campeonatos. Além dos três bicampeonatos, o Tricolor tem um Tri (1931/32/33) e o famoso Penta (1969/ 70/71/72/73).
          O diretor de futebol do clube em 1987, José Nivaldo Júnior, recorda com satisfação da conquista. Segundo ele, aquele foi o último grande time do Santa Cruz. “A prova disso é que vários jogadores foram, em algum momento, para a Seleção Brasileira. Orlando, Ivan, Zé do Carmo e Rinaldo são alguns exemplos”, argumentou. “Além disso, nós jogamos contra um dos últimos grandes times do Sport também”, acrescentou.

DECISÃO

A partida que definiu o Campeão Pernambucano de 1987 foi uma extra. Como havia ganhado dois Turnos (o 1º e o 3º), o Santa Cruz precisava apenas de um empate contra o Sport para levantar a taça. Já o Leão, vencedor do 2º Turno, teria que ganhar o jogo para forçar uma final em uma melhor de três jogos. Os gols foram marcados por Heraldo (contra, a favor do Santa Cruz) e por Éder (para o Sport).

Um comentário:

  1. Lembro bem do bicampeonato de 1986/1987. Não fui pra final porque meu pai ficou temeroso em ver um jogo deste porte no chiqueiro do mangue, por isso tive que me contentar com a transmissão da Globo Nordeste que contava com a narração de Natan Oliveira (na época o quarto narrador da Globo depos de Galvão Bueno, Luiz Alfredo e Oliveira Andrade). Apesar da vantagem do empate, estava um pouco temeroso por conta do excelente zagueiro Lula que não pôde disputar a partida, sendo substituído pelo então jovem Ragner.

    O ponta Rinaldo ainda era uma promessa, entrou apenas no segundo tempo após a saída do veterano Gilson Gênio, ele chegaria a disputar alguns jogos pela seleção brasileira após transferir-se para o Fluminense em 1989. Ao contrário de 1986, o título de 1987 veio sem grandes dificuldades, pois em 86 o único craque que tínhamos do meio pra frente era o ponta-direita Márlon (que desfalcou o Santa Cruz na maioria dos jogos do Santa na série A por estar servindo a seleção brasileira que disputava uma vaga no panamericano de 1987). No Bi não tínhamos mais Márlon (vendido ao futebol lusitano), mas tínhamos uma linda de frente que contava com o ponta-direita Édson (bom driblador), o centroavante Dadinho (artilheiro do certame com 19 gols) e o ponta-esqueda Gilson Gênio.

    Sem contar com a revelação Sérgio China que despontava como um meia de grande qualidade, alguns até imaginaram que um novo Henágio estava surgindo. Não chegou a ter o mesmo brilho do craque de 1983, muito menos chegou perto do nível de Wilson Carrasco ou de Mazinho, mas foi um dos últimos grandes meias do tricolor.

    ResponderExcluir