Ser cidadão das Repúblicas independentes do Arruda, não se resume a torcer pelo clube, ir a jogos. Porém, torcer pelo Santinha... E fazer do clube um amor incondicional, comparado ao amor de uma mãe pelo seu filho. Só a torcida do Santa Cruz tem esta relação afetiva, amorosa, capaz de usar o diminutivo. O diminutivo que torna o clube grande, como sua torcida.
O Santinha, o clube do povo, fundando em 1914. Ostenta em suas
principais conquistas, 25 estaduais... Quem acompanha futebol, deve entender
que no cenário nacional, um clube considerado “grande”, deve ter títulos
nacionais e internacionais. E devem perguntar, por que o Santa é grande? Se
nunca foi campeão Brasileiro, nunca ganhou Copa do Brasil nem Libertadores ? Um
clube que acumulou nos últimos anos, 3 rebaixamentos seguidos, logicamente deve
ser considerado um time de pouca expressão do futebol brasileiro.
Pouca expressão? Que nada, o seu épico
passado de glórias e sua torcida apaixonada, nos fazem crer em dias melhores
para o “Terror do Nordeste”. Pelo seu campo passaram Rivaldo, Ricardo Rocha,
Givanildo Oliveira, Marlon, Nunes. No Arruda foi formado o artilheiro do Brasil e por lá também jogou o
goleiro da seleção. O time que derrotou a Seleção Brasileira, o Fita Azul do
Brasil, o time que coloca 60 mil na Série D. O clube das multidões...
O Santinha viveu dias de glórias,
acredite!
Como
esquecer a maior virada da história do futebol brasileiro quando faltavam
apenas 15 minutos para o jogo encerrar? Como esquecer a “excursão da morte”
pelo Norte do País? Como esquecer a goleada de 7 x 0 frente ao nosso maior
rival? Os gols de Nunes, as defesas de
São Birigui, o gol marcado por Célio no último minuto? Como duvidar de
Alexandre de Carvalho, de que o “Santa Cruz nasceu e vai viver eternamente”?
Impossível deixar de crer.
É a saudade dos bons tempos que
alimentam a esperança pelo renascimento, que faz com que os verdadeiros
santacruzenses demonstrem ainda mais o seu amor. A distância do passado pode
causar saudades, mas nunca trouxe o esquecimento àqueles que possuem o amor
incondicional por este Clube: o amor de sangue, geneticamente invisível às
lentes humanas.
Não
se trata de saudosismo ou lirismo. Trata-se de amor. E o amor tem mil
definições, mas apenas um sentimento. O sentimento dos pequenos gestos, das
lágrimas derramadas. Lágrimas de dor e alegria, do sentimento do amor
incondicional.
O
amantes do Santa Cruz não passaram, eles se renovaram. E são eles que fazem
esta história ser a mais linda história contada, recriada e sempre vivenciada,
da criatura se tornar mais bela do que seus próprios criadores um dia puderam
imaginar.
Amanhã, dia 3 de fevereiro é dia colocar o orgulho tricolor nas ruas. E
de dizer bem alto: “Sou tricolor de coração !”. Porque, nenhum de nós nasceu
amando o Santa Cruz. Pelo contrário, foi preciso aprender a amar o Santa Cruz.
E, quem um dia aprendeu, hoje ama, e nunca esquecerá. Porque nenhuma história é
igual esta, nenhum clube é igual este, e nenhum amor é igual ao amor daqueles
que amam o Santinha...
Vitor de Melo Rocha
Santa
Cruz Futebol Clube!
98
ANOS DE EMOÇÃO
“És o querido do povo, o terror
do nordeste! “
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