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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Depois de um 2011 perfeito, Santa Cruz vive princípio de crise



Começar o returno quatro pontos atrás dos concorrentes à semifinal. Essa é a situação do Santa Cruz. Quinto colocado, o time comandado pelo técnico Zé Teodoro não volta a integrar o G4 na próxima rodada, nem mesmo em caso de vitória. Um cenário incômodo, até certo ponto preocupante. E que exige uma recuperação imediata. Até porque um novo tropeço frente ao Petrolina, amanhã, no Arruda, pode tornar o abismo para o G4 ainda maior, complicar a classificação e deflagrar uma crise no clube. Crise que esta, cada vez mais, iminente e ganha pólvora para estourar exatamente no colo do, agora, questionado treinador coral.

Diferente do ano passado, o Santa Cruz possui em 2012 um aproveitamento decepcionante no início do Campeonato Pernambucano. Conquistou apenas 51,5% dos pontos disputados contra mais de 66% do ano anterior. Índice injustificável para quem começou a competição praticamente com a mesma base de 2011 e o discurso de buscar o bicampeonato, abrindo os cofres para contratar atletas apontados como “diferenciados”. Lista integrada por “medalhões” como Luciano Henrique, Carlinhos Bala e Dênis Marques. Até agora, os nomes causam decepções para uns e um raivoso sentimento de “eu já sabia que isso iria acontecer” para outros.

Boa ou não, a montagem do elenco é totalmente assinada por Zé Teodoro. Mediante o atual poderio financeiro coral, a seu modo, cada atleta teve o crivo do comandante tricolor antes de chegar ao Arruda. Foi ele, por exemplo, que bancou praticamente sozinho, a contragosto da torcida e de parte da diretoria, o retorno de Carlinhos Bala ao clube. Quem também mediou a não aposentadoria de Dutra, promoveu André Oliveira como capitão do time e fez de Eduardo Arroz titular absoluto – até ele sofrer a contusão. Faltam opções no elenco, é verdade. E paciência à torcida.

No fatídico empate em 0 a 0, em pleno Arruda, contra o Central, aconteceu o primeiro grande embate Torcida x Zé Teodoro. Os tricolores queriam Léo a todo custo no jogo. Pressionado pelo gritos e pedidos irritados, o treinador chegou a titubear e chamou o atleta para colocá-lo no jogo. Segundos depois, desistiu da substituição para, então, orquestrar um coro com mais de 20 mil vozes contra si mesmo: “Burro, burro, burro…”.

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