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terça-feira, 8 de maio de 2012

Hora de Zé Teodoro dar uma de psicólogo


Hora de ser psicólogo (Ricardo Fernandes/DP/D.A Press)


O técnico Zé Teodoro sempre fez questão de mostrar que é um otimista convicto. A sua fé é inabalável quando está atrás de um objetivo. Sentimento que ele vem transformando em motivação. Age como psicólogo. Após o empate em casa frente ao Sport, afirmou de imediato: “Vamos preparar a cabeça dos jogadores porque temos 90 minutos para buscar o resultado.” Ainda assim, ele não consegue esconder o nervosismo e a ansiedade que há dentro dele. Diferente do ano passado, quando tinha a seu favor declarações mais tranquilas e até certo ponto bem humoradas, este ano faz questão de ressaltar que altera um pouco a sua personalidade nos momentos decisivos.

Treino fechado, respostas mais ríspidas, expressão fechada, “esporro” nos jogadores e até na imprensa. “Não nego a ninguém que quando chega nesse momento eu fico chato, abusado mesmo. Sou assim com jogadores, comissão, imprensa, todo mundo mesmo. Exijo o máximo de trabalho de todos porque é a hora de dar um algo a mais”, afirmou Zé Teodoro, que depois de conquistar a vaga às finais ao bater o Salgueiro, chegou a ameaçar pedir demissão caso voltasse a ser vaiado pela torcida.

De fato, o treinador está certo quando pede um “algo a mais” a seus comandados. Afinal, o retrospecto recente não é tão favorável. O Leão não perde no Estadual há 17 jogos. Jogará com a vantagem do empate, em casa, e no dia do aniversário – data em que jamais perdeu jogos. Se soubesse disso tudo, certamente o Zé Teodoro “versão psicólogo” afirmaria: “Os tabus estão aí para serem quebrados.” Como bom motivador, qualquer situação leviana é superestimada pelo treinador. 

“Eles têm problemas, perderam um jogador (Tobi) para a final”, frisou o mesmo técnico que, na semana passada, fez questão de também supervalorizar uma entrevista em que Marcelinho Paraíba afirmava que o Salgueiro deu mais trabalho do que o Santa Cruz na primeira fase. “Ele colocou o Santa Cruz inferior ao Salgueiro”, acusou.

A torcida sabe de cor alguns dos jargões do treinador. “Vamos aliar prudência à audácia”; “Futebol é detalhe”; “Nada no Santa Cruz vem fácil”. Bem ou mau humorado, há de se admitir que tem conquistado seus objetivos no Arruda. “Quem sabe não tenho novamente a sorte que tive em 2004 (então técnico do Náutico), quando perdi o jogo nos Aflitos e reverti aqui no Arruda”, disse.

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