No ano passado, Landu chegou ao Santa Cruz mais conhecido pelo seu jeito folclórico do que pelo futebol. Vivia, com isso, sob o olhar desconfiado da torcida. Com dificuldade para fazer gol, ele foi vaiado e xingado. Mas a função tática exercida em campo com disposição e o encaixe com o parceiro Gilberto fizeram do jogador referência no título estadual, coroado ainda com um gol na primeira partida da decisão com o Sport. Roteiro semelhante tem sido desempenhado por outro atacante.
Além do nome excêntrico, da desconfiança da torcida e do estilo brigador em campo, a trajetória de Caça-Rato no Arruda pode ser vista também como uma adaptação dos passos do ex-atacante coral pelos poucos gols marcados.
Neste Estadual, o atacante disputou 16 jogos. Anotou cinco tentos. Dois deles foram contra Sport e Náutico. Landu também balançou as redes poucas vezes, mas foi bancado no time por Zé Teodoro. Em sua curta passagem pelo Santa Cruz, abreviada por problemas extra-campo, o atleta acertou o gol adversário em duas ocasiões e justamente contra os maiores rivais do clube coral.
Ainda que prefira evitar comparações, as coincidências pontuais nas trajetórias servem de inspiração para Caça-Rato. “Eu acho que cada um tem seu estilo de jogo, mas o bom é que Landu não desiste das jogadas. É importante se inspirar em alguém assim. Melhor ainda é que ele conseguiu fazer um gol na final e terminou com o título. Espero que isso se repita comigo”, disse o jogador, ansioso para a decisão. “Queria que o jogo fosse amanhã (hoje). Prefiro sempre jogar contra times grandes”, completou.
O “novo Landu”, porém, ainda tem a primeira etapa para ser superada antes da decisão com o Sport. Ele ainda não está com a posição de titular garantida. Briga pelo posto ao lado de Dênis Marques com Geílson, que cumpriu suspensão na última rodada.
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