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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

No peito e na raça

RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS 

Jogo decisivo incita postura. Abre espaço para fazer valer clichês como “ou vai ou racha”, “é vencer ou vencer”, “se não aguenta, pede pra sair”. É quando se separa os “homens” dos “meninos”. O momento do Santa Cruz clama por jogadores não apenas de técnica apurada, mas de pulso firme. Chegou a hora de atletas mais experientes chamarem a responsabilidade para cumprir a missão de classificação ao mata-mata. É a vez de Tiago Cardoso, Vágner, Édson Borges, Luciano Henrique, Dênis Marques e outros mais rodados. Também não exime de cobrança os mais jovens, a exemplo do capitão Memo. Em entrevista concedida ontem, antes do treino secreto (as atividades de hoje, no Arruda, também vão ser de portões fechados), o meia Luciano Henrique exerceu papel de liderança. “Eu gosto de jogos assim, de decisões, finais, de nervos à flor da pele. Procuro passar um pouco de instrução à rapaziada mais nova”, afirmou.

RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESSO time sabe da importância da classificação e, consequentemente, do acesso à Série B. “Uma eliminação precoce seria um desastre. Muita gente aqui depende do futebol. Cozinheiros, seguranças, funcionários do clube também dependem dos nossos resultados”, avaliou Luciano Henrique. Caso não avance à próxima fase, o Tricolor vai ficar mais de dois meses literalmente parado. Afinal, a última partida do grupo A, contra o Águia, vai ocorrer dia 28 de outubro. Uma paralisação semelhante à do atraso do início da Série C, por causa da briga judicial entre a CBF e o Treze. Mas com prejuízos ainda maiores, em virtude do abatimento da torcida e da provável esquiva de patrocinadores.

Religioso, Memo está confiante. “Deus deixou a gente permanecer ali, brigando por classificação, dizendo que uma das vagas é nossa. Ele já fez sua parte. Agora, cabe a nós, jogadores, a responsabilidade”, afirmou. O volante tricolor também admite gostar de partidas como a de amanhã, no Arruda, contra o Luverdense. “É uma oportunidade boa para mostrar reação a si mesmo e ao torcedor. Em clássicos e duelos assim, é preciso entrar muito ligado”, completou Memo.

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