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sábado, 21 de julho de 2012

Diogo revela problemas extracampo, mas promete volta por cima


Zé Teodoro, técnico do Santa Cruz (Foto: Aldo Carneiro)
Duas Copas do Brasil, uma Série B e dois estaduais (Pernambucano e Paulista). Este pode ser o currículo de um jogador que é titular absoluto e ídolo da torcida do Santa Cruz, certo? Não é bem assim que Diogo, lateral-direito do Tricolor, e a própria torcida coral encaram a situação deste sergipano, de 27 anos, no Mais Querido.
Tudo aconteceu muito rápido para Diogo. Recém chegado do Porto de Caruaru, foi acionado na lateral-direita do Sport para o jogo que iria mudar sua carreira. A final da Copa do Brasil 2008, contra o Corinthians. Diogo teve que substituir o titular Luisinho Netto e arrebentou. Teve uma atuação irretocável e acabou sendo contratado pelo Timão. Mas o que parecia ser o maior passo à frente na carreira do jogador, na verdade significou o começo de sua 'ruína'.
- As coisas se sucederam com muita velocidade na minha vida. Cheguei ao Sport para o Pernambucano, comecei a jogar bem e em pouco tempo já estava no Corinthians. A concorrência é muito maior e fica complicado ter uma boa sequência de jogos. Além disso, aparecem aqueles convites para balada, que querendo ou não prejudicam. Quando você perde o foco, acaba perdendo espaço também.
Dono de uma habilidade incontestável, depois de sair do Timão, Diogo ainda passou por Bahia, Ceará, São Caetano e CRB, sem conseguir se firmar em nenhum deles. Hoje, avesso às entrevistas e com um perfil tranquilo, o lateral se diz mais maduro para os novos desafios que virão.
- Confesso que deixei a desejar um pouco, mas não me arrependo de nada que fiz. Agora estou com a cabeça no lugar, com uma família que me ajuda muito e tento deixar essas coisas no passado, me concentrando só no meu desempenho dentro das quatro linhas. Se tivesse a maturidade que tenho hoje, as coisas teriam sido diferentes, porque na época não estava preparado para rejeitar as coisas que apareciam.
Santa Cruz x Sport - Diogo (Foto: Aldo Carneiro)
No Santa Cruz, contratado no início do ano após um período de testes, o jogador afirma estar reencontrando seu bom futebol.
- Aqui no Santa Cruz, estou me sentindo em casa. Fui bem recebido por todos no início e agora estou tendo a oportunidade de ser titular. Quero ajudar o clube a subir para a Série B e, por isso, me cobro bastante. Encaro essa chance como um recomeço na minha carreira e sei que aquele Diogo, que conseguiu se destacar e conquistar títulos, vai voltar.
O lateral-direto tem, em Zé Teodoro, um exemplo a ser seguido na posição, mas sente que o esquema tático utilizado pelo treinador o obriga um pouco a fugir de suas melhores características.
- Zé Teodoro me trata muito bem e por ter sido um grande lateral me incentiva bastante. Sou um jogador bastante ofensivo e, por ele gostar de trabalhar com uma linha de quatro mais fixa atrás, tenho a obrigação de voltar muito para marcar. Estou tentando escutar os conselhos dele e me adaptar bem a esse tipo de posicionamento.
O treinador coral também tece elogios a Diogo, mas reconhece que o jogador ainda precisa evoluir, principalmente no quesito marcação.
- Existe lateral e existe ala. Para mim, tanto ele como o Renatinho têm uma característica mais de jogar do meio para frente e pecam um pouco fazendo a diagonal de marcação na defesa. O Diogo teve um crescimento muito grande no último jogo (Treze) e vamos ter que utilizá-lo bastante nesta Série C. Para isso, os volantes e zagueiros precisam dar a cobertura necessária para que ele possa subir ao ataque.
Sobre a relação com a torcida do Santa Cruz, Diogo diz absorver bem as críticas e entender a cobrança vinda das arquibancadas.
- O torcedor age com emoção. Compreendo o lado deles e procuro deixar as coisas ruins de lado. Tenho um carinho imenso pelo Santa Cruz e muita gente me apoia aqui. Meu intuito é desenvolver cada vez mais um bom futebol e poder ajudar o clube a se reerguer, voltando ao seu lugar de direito no futebol brasileiro.

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