A artilharia rendeu idolatria a Dênis Marques. Em contrapartida, trouxe o fardo, a responsabilidade de atender aos anseios do público. Após o duelo contra o Luverdense, quando marcou dois gols (o último, aos 48 minutos do segundo tempo), o Predador recuperou o crédito e voltou a ser herói, depois de algumas rodadas de contestação, em virtude de chances e até pênalti desperdiçados. Domingo, com a eliminação diante do Águia, o goleador da Série C, com 11 gols, passou a ser novamente hostilizado. Teve até torcedor atirando moedas, em uma desnecessária provocação a quem se considera "mercenário", durante o desembarque no Aeroporto do Recife.
Dênis Marques não se abalou com o ato, tampouco baixa a guarda diante das críticas:
"Eu acho que dei o meu máximo. A gente sempre erra, pois ninguém é perfeito, mas teve erros que cometi que prejudicou a equipe, assim como outros jogadores. O grupo todo acertou e errou, mas ninguém está ali para errar. Eu acertei bastante, ajudei bastante. Infelizmente, não foi o suficiente para a gente sair com essa classificação", afirmou o Predador.
A diretoria coral não deve fazer esforço semelhante ao do fim do último Pernambucano, quando realizou amistoso no Arruda para custear a renovação de contrato de Dênis Marques. Mas parece haver um interesse mútuo de permanência, tanto dos dirigentes, quanto do atacante. A torcida? Está dividida. "O meu contrato acaba agora (31 de outubro), e eu tenho outras propostas. Mas, como eu já falei antes, eu me sinto muito bem aqui e tenho vontade de ficar", revelou.
Assim como o técnico Zé Teodoro, Dênis Marques depende muito da manutenção da atual gestão no próximo biênio para definir a extensão do vínculo. "Dependendo se for permanecer o mesmo presidente ou se o que for assumir tiver o interesse de permanecer comigo, a gente vai conversar e ver o que melhor para todos", declarou.
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